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A Ideologia do Barão Vermelho

Foto do escritor: Nicolas Calandreli FrancoNicolas Calandreli Franco

Atualizado: 3 de ago. de 2021

E aí pessoal, estou de volta!


Eu pretendia falar de uma banda norte-americana, mas como eu concordo com a nossa fundadora que devemos valorizar a nossa cultura brasileira, hoje vou falar da que eu considero ser uma das maiores bandas do Brasil, se não a maior.


Surgiu após o baterista Guto Goffi (Flávio Augusto Goffi Marquesini,Rio de Janeiro,

9 de agosto de 1962) e o tecladista Maurício Barros (Maurício Carvalho de Barros,

Rio de Janeiro, 8 de abril de 1964) assistirem a um show do Queen no Morumbi, em São Paulo, e sentirem um desejeo de começar uma banda. Em 1981 eles formam a banda e decidem chamá-la do codinome do aviador alemão Manfred von Richthofen, principal inimigo dos Aliados na Primeira Guerra: Barão Vermelho.





Após alguns dias eles se unem ao baixista Dé (André Palmeira Cunha, Rio de Janeiro, 1965)

e ao guitarrista Frejat (Roberto Frejat, Rio de Janeiro, 21 de maio de 1962), que eu acho

que é um dos maiores guitarristas do mundo.


Os ensaios ocorriam sempre na casa dos pais de Maurício e, como a banda ainda não tinha

vocalista, através de uma amiga de escola, Guto conseguiu contato com um vocalista chamado Léo Guanabara (que veio a ser conhecido como Leo Jaime), só que a banda concordou em dispensá-lo por não possuir timbre de voz necessário para o tipo de música que queriam produzir. É aí que Elo indica um conhecido para a banda e entra o grande Agenor de Miranda Araújo Neto, mais conhecido como Cazuza (Rio de Janeiro, 4 de abril de 1958 — Rio de Janeiro, 7 de julho de 1990).


O Cazuza desde sempre foi apegado à música já que seu pai, João Araújo era dono da

gravadora Som Livre. Depois de um tempo ele começou a ter uma vida boêmica e promíscua aos olhos da época, se relacionando com homens e mulheres, passando as noites enchendo a cara e fazendo seus pais tomarem medidas de colocá-lo na linha.

Após isso o Barão estava completo. No filme do Cazuza (que eu recomendo bastante) a entrada dele na banda é muito boa.


A banda animava bares e salões de festa, e com isso Cazuza aproveitou e pediu a ajuda de

seu pai. Claro que ele não negou a ajuda e deixou o filho e abanda sob os cuidados do produtor e empresário Ezequiel Neves, que criou uma amizade enorme com a banda.

Em quatro dias a banda lançou. Primeiro álbum chamado Barão Vermelho, que na minha opinião é muito bom, mas na época não foi bem recebido, pois não era algo dentro do que era considerado normal.


Mas claro que depois de receber um dinheiro com o primeiro álbum, eles vão logo gastar na

manguaça, tabaco e pozinho mágico.


Eu devo dizer que quase nenhum membro de banda de rock é santo ou um bom exemplo, mas nós adoramos eles ainda. Como Jim Morrison (usuário de LSD), todo o Mötley Crüe (usuários de cocaína), Johnny Cash (remédios ilegais), etc. O mesmo vale para o Barão Vermelho, eles eram usuários de drogas. Claro que de acordo que com entrevistas e registros, pode-se, dizer que o Cazuza era quem mais pisava na bola, mas pela fama de má influência que ele tem no Brasil, o mesmo deveria valer para o restante da banda, afinal todos foram bem loucos. Eu mesmo tenho pessoas próximas que defendem o Frejat, mas falam mal do Cazuza, e isso não faz sentido. Falar isso só porque ele é que mais ia parar no jornal, ou porque foi ele quem pegou AIDS? Podia ter acontecido com qualquer um da banda, claro que não tão facilmente, afinal o AIDS na época (por favor não me interpretem mal) tinha maior

concentração na comunidade homossexual.


Voltando a falar da minha banda brasileira favorita. Após alguns shows, els voltam para

gravar o seu segundo álbum intitulado Barão Vermelho 2 que é um ótimo álbum, afinal tem um dos maiores sucessos do Brasil no geral: Pro Dia Nascer Feliz.



Mas a mídia no geral achava que eles tão bons e promissores, tanto que as rádios negavam em tocar suas músicas. Só depois que Ney Matogrosso gravou "Pro Dia Nascer Feliz", é que as rádios passam a tocar a versão original do Barão Vermelho. Nessa mesma época, Caetano Veloso reconheceu Cazuza como um grande poeta e incluiu a música "Todo amor que houver nessa vida" no repertório do seu show.

A banda começou a ter o destaque que merecia, a repercussão foi tanta, que eles foram convidados para compor a trilha sonora do filme Bete Balanço, de Lael Rodrigues, em 1984, e o seu som se espalhou pelo Brasil. Aproveitando o embalo, o grupo lançou o terceiro disco, Maior Abandonado (que é o melhor álbum da banda), em 1984, conseguindo vender mais de 100 mil cópias em apenas seis meses.

Aleluia! Finalmente ganharam reconhecimento!


Mas Cazuza passava por certos conflitos e em 1985 ele anunciou carreira solo e deixou o Barão. A banda seguiu em frente, contou com alguns sucessos, mas tenho que dizer que as letras não eram mesmas sem o Cazuza, pois o que ele escrevia era poesia, fora que eu acho a voz do Cazuza melhor, não que o Frejat não seja um bom compositor e cantor, mas não dá para comparar, embora alguns prefiram ele do que o Cazuza, só não sei o porque. Mas a banda não deixava de ser boa.

Já o Cazuza arrasava, mas será que valia mesmo a pena, ter a determinada fama, sucesso, reconhecimento e reputação, mas estar sozinho? Em meio à sua carreira solo temos alguns de seus maiores sucessos: Exagerado que é um clássico e Codinome Beija-Flor que é uma das músicas mais bonitas que já ouvi.



Mas infelizmente Cazuza foi diagnosticado com AIDS e internado com pneumonia. Foi aos EUA para tratar de sua doença, e após isso lançar um último álbum e um último sucesso.


Após o álbum ele marcou um último show para mostrar uma das mais belas músicas brasileiras já feitas: O Tempo Não Para. E em 1990 ele veio a falecer.


Já o Barão continuava fazendo sucesso, lançando em 1990 o álbum Balada MTV que continha o hit Por Você, e depois lançaram mais um sucesso: Puro Êxtase



 

Espero de coração que tenham gostado do que trouxe aqui para vocês, e espero que com isso possamos juntos valorizar mais o nosso rock que infelizmente vem perdendo a sua força. O Barão Vermelho é uma banda que eu adoro de coração, e amo as músicas do Cazuza, eu recomendo muito vocês assistirem ao filme dele Cazuza - O Tempo Não Para que é do nosso cinema nacional. Consumindo esses materiais estaremos cada vez mais valorizando nossa própria cultura e mostraremos que temos orgulho da nossa cultura não estereotipada no mundo afora.


Então é isso rapeize, agradeço a todos que leram e chegaram até aqui, e recomendem para os amigos. E olhem o meu blog geek no instagram: @thenickilator.


Até mais e falou.


-Nícolas

 
 
 

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